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sábado, 31 de março de 2012

Os filmes e programas que marcaram a minha vida.

   Como já mencionei aqui anteriormente, sou uma amante da tv e do cinema.

   Nascida na década de 70, no auge da tv no Brasil, onde a figura do televizinho já se tornava um pouco mais escassa devido ao milagre econômico do governo militar, sou cria da babá eletrônica com muito orgulho.

   Venho de uma família de classe baixa do subúrbio do Rio de Janeiro, minha mãe segunda de 6 filhos de um escriturário de repartição pública e de uma dona de casa e lavadeira nas horas vagas.

     Minha mãe casou-se com um também funcionário público remediado e construiu uma casa, das que costumavam chamar de meia-água, nos fundos da casa dos pais, foi nesse local que eu cresci.

    Primeira filha deste casal, não tinha primos, nem vizinhos da minha idade com os quais pudesse brincar.

    Minha mãe, sempre absorta com os afazeres do lar, que eram muitos e sem as facilidades da modernidade como maquina de lavar ou aspirador de pó, enquanto eu ainda era muito pequena utilizava-se do rádio de pilhas como auxiliar na função de ninar-me.

   Posteriormente vindo a substituí-lo pela televisão que prendia a minha atenção tal como um exercício hipnótico.

    Conto a minha história com orgulho, pois tive o privilégio de assistir pérolas da nossa tv, hoje relegada a subproduções alienantes e emburrecedoras tais como big brother, malhação, e programas infantis para crianças debeis mentais tais como teletubies e bananas de pijama.

    Tive a honra de assistir a Paula Saldanha, linda e maravilhosa, apresentando o Tv Globinho, com produções francesas como os Barbapapas, animações feitas em massinha de modelar, argila e até areia, seu programa já falava em ecologia antes do assunto virar politicamente correto.

   
   Daniel Azulay ensinando seus desenhos maravilhosos e plim-plim ensinando origami, a vila sésamo nacional com Araci Balabanian, Armando Bógus, Laerte Morroni e Sônia Braga ainda mocinha.

   O sítio do  Pica-pau Amarelo que me envolvia e me fazia viajar por todos aqueles mundos mágicos que encantaram os meus olhos de menina sonhadora.


    Isso tudo sem falar nos desenhos, que sem o estigma do politicamente correto nos faziam rir com pianos e bigornas que caiam sobre seus personagens, sem contudo sequer feri-los permanentemente, ou alguém pode esquecer do coióte do papaléguas, do ligeirinho, do frajola e do piu-piu, flintistones e o melhor (ou pior) de todos o louco e temido pica-pau.

    No cinema fui agraciada com os filmes do maravilhoso Jerry Lewis que povoam as minhas lembranças mais nostálgicas, de um humor simples e sem apelação, nunca precisou de piadinhas de baixo calão para trazer diversão as pessoas.


    Já na minha adolescência como sou uma romântica inveterada, filmes como Em Algum Lugar do Passado, O Feitiço de Áquila, Ghost e Dirty Dancing, foram pano de fundo para o meu primeiro namoro.

    Até as novelas eram mais novelas, prendiam a atenção do público sem precisar dos nus e cenas de sexo gratuitas distribuídas hoje em dia para disfarçar a falta de criatividade dos  autores, novelas maravilhosas como Ciranda de Pedra, Gabriela, A Sucessora, Pai Herói, Coração Alado e a mais famosa de todas a Escrava Isaura permanecem na memória daqueles que se recusam a aceitar o lixo que nos é empurrado hoje em dia como entretenimento.

    Hoje, com o advento da tv a cabo, algo mudou mas não muito, também tem muita porcaria, porém temos um pouco mais de opção, já o cinema, hoje cheio de tecnologias de ponta que muitas vezes também servem apenas para disfarçar a má qualidade do roteiro, notem pelos últimos filmes do Nicolas Caige, que parece estar fazendo a mesma personagem em 5 ou 6 produções diferentes.

    Sou adepta do cinema noir, dos grandes clássicos - apesar de não ter assistido a alguns -  me orgulho de ter visto por exemplo: Um corpo que cai  e Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock, Dublê de Corpo de Brian de Palma, A Noviça Rebelde, Dançando na Chuva, O retrato de Dorian Grey, No Caminho dos Elefantes, Tarde Demais pra Esquecer e tantos outros.

    A tão famigerada tv, que hoje é motivo de tantos questionamentos: se faz bem, se faz mal, quantas horas as crianças devem assisti-la (todos eles com motivo), foi responsável pelos momentos mais maravilhosos da minha biografia infantil e adolescente.

   Agora me contento em garimpar programas aqui e ali que de algum modo me façam sentir de volta aquela doce magia.

   Fiquem a vontade e bom divertimento!

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